Com especificações tão impressionantes, não é à toa que a Ferrari promete desempenho igualmente fascinante, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3s - a 458 Italia cumpria a prova em 3s4. Na pista de teste, quase conseguimos igualar a marca: 3s1. Mas, confesso que, na hora, o carro pareceu ser bem mais rápido, já que a sensação de ser catapultado durante as arrancadas é surpreendente (graças, também, ao novo controle de largada, é bom observar).
Com os sistemas eletrônicos auxiliares desligados, o pé esquerdo mantém o freio acionado, enquanto o direito eleva a rotação do motor. Controle de largada acionado, contagem regressiva e pé direito até o fundo!
São dois turbos, um por bancada de cilindros e ambos com tecnologia de dupla voluta, que “empurram” a mistura ar-combustível para dentro das oito câmaras de combustão com até 1,3 bar de pressão. E graças ao uso de material superleve nos turbos (liga de titânio-alumínio), não se percebe qualquer atraso - turbolag - durante as acelerações, o que contribuiu para melhorar ainda mais a dirigibilidade do cupê.
Continuamos a avaliação na pista do aeroporto e o cupê de tração traseira segue exibindo um comportamento tão neutro quanto o de alguns carros com tração integral. Sem esforço, nem sobressaltos. A única condição para isso é manter os pneus Michelin Sports Cup 2 na temperatura ideal. Por isso, não é recomendável utilizá-los em condução normal, pois é difícil aquecê-los.
O comportamento da 488 vai reforçando a confiança e o carro segue correspondendo aos comandos do motorista, sem sustos, e de forma mais aprimorada que a 458 Italia. E, embora o novo modelo tenha herdado componentes de sua antecessora, o conforto é sensivelmente melhor a bordo da 488 GTB, mesmo ao rodar sobre asfalto em piores condições. E para quem não se preocupa muito com o valor do carro que tem em mãos e aprecia manobras de drift, a nova Ferrari permite essas peripécias. É só desligar os controles eletrônicos e ter certeza de que você realmente quer se arriscar.
Tentamos novamente com os auxílios eletrônicos ligados, mas a manobra, obviamente, é impedida. O carro segue na linha correta e não adianta pressionar o acelerador, pois a eletrônica toma conta de tudo.
Um carro perfeito? É preciso pensar bem antes de responder. Além disso, ainda não abordamos outro aspecto importante, mesmo quando se fala de superesportivos: o consumo de combustível. Para um automóvel com motor turbo, tanta potência e torque e um desempenho tão sensacional, que nível de consumo poderia ser considerado aceitável? Não podemos afirmar, mas os 6,1 km/l registrados pela 488 GTB não nos parecem exagerados.
DADOS DE FÁBRICA | Ferrari 488 GTB |
Motor | V8, biturbo, central long., gasolina |
Velocidade máxima | 330 km/h |
Aceleração (0 a 100 km/h) | 3s1 |
Cilindrada | 3.902 cm³ |
Potência | 670 cv a 8.000 rpm |
Torque | 77,5 kgfm a 3.000 rpm |
Câmbio | Dupla embreagem, sete marchas |
Tração | Traseira |
Rodas | Liga leve, 20'' |
Suspensão dianteira | Triângulos superpostos |
Suspensão traseira | Triângulos superpostos |
Fonte Motorpress
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